quinta-feira, 26 de novembro de 2009

DANIEL 7 E O CHIFRE PEQUENO


O que significa este chifre pequeno em Daniel 7?
Nesta profecia, existem mais detalhes sobre o que aconteceria (e de fato aconteceu). Entre estes dez chifres surgiu um chifre pequeno que ao surgir derrubou três chifres. Ou seja, surgiria um outro poder que ao surgir derrubaria três dos dez reinos. Este chifre pequeno também era diferente dos demais: “tinha olhos como de homem e uma boca que falava com insolência”.
O que simboliza este Chifre Pequeno?
Desde os dias de Daniel, somente um poder tem ou teve todas essas características: o poder Papal, o Vaticano.
O grande historiador da igreja, o alemão Adolf von Harnack explica que a Igreja Romana “colocou-se no lugar do Império Mundial Romano, do qual é a actual continuação; o império não acabou, mas apenas sofreu uma transformação... A Igreja Romana é o velho Império Romano consagrado pelo Evangelho.” Daniel, The Seer of Babylon, pág. 63.
“Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles subiu outro PEQUENO, diante do qual TRÊS DOS PRIMEIROS CHIFRES FORAM ARRANCADOS; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e UMA BOCA QUE FALAVA COM INSOLÊNCIA. ... Então, tive o desejo de CONHECER A VERDADE a respeito dos dez chifres... e do outro que subiu, diante do qual caíram três, daquele chifre que tinha olhos e uma boca que falava com insolência E PARECIA MAIS ROBUSTO DO QUE OS SEUS COMPANHEIROS.” (Daniel 7:8, 19 E 20)
O próprio livro de Daniel, no capítulo 7, provê nove marcas identificadoras, que nos ajudam na identificação do chifre pequeno.

1 - “Entre eles subiu um outro pequeno...” (Dan. 7:8). O papado surgiu na Europa Ocidental, entre os dez chifres (reinos). Martinho Lutero dizia: “eis que entre eles subiu outro pequeno. Esse é o domínio Papal, surgindo do meio do Império Romano.”
2 - “Outro pequeno...” (Dan. 7:8). É um reino pequeno. O Vaticano é um reino independente na Europa, tendo apenas 108 acres de extensão.
3 – “Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino; e, depois deles, se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros e abaterá três reis.” (Dan. 7:24). Este reino surgiria depois dos dez reinos. Os dez reinos foram finalmente estabelecidos em 476 d.C., mas o papado recebeu sua supremacia política muito tempo depois, em 538 d.C.
4 – “diferente” (Dan. 7:24). Os reinos da Europa Ocidental foram estabelecidos como reinos políticos. O papado era um poder religioso-político.
5 – "...abaterá a três reis” (Dan. 7:24). Deveria abater três reinos em sua ascensão. Antes do papado dominar, foi necessário derrotar três poderes (ou três reinos): Ostrogodos (em 493 a.D.), Vândalos (em 534 a.D.) e Hérulos (em 538 a.D.).
6 - “Proferirá palavras contra o Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei..." (Dan. 7:25). O papado fez isto. Notem o que diz o “The Catolic National, de Julho de 1895: “O Papa não apenas é representante de Jesus Cristo, mas ele é Jesus Cristo, oculto sob o véu da carne.”
Em uma passagem que faz parte da lei canónica romana, o papa Inocêncio III declara que o pontífice romano é “o representante sobre a Terra, não de um mero homem, senão do próprio Deus”; e em uma interpretação da passagem se explica que isto é porque ele é o vigário de Cristo, que é o “mesmo Deus, e o mesmo homem”. Decretal D. Gregor. Pap. IX. Lib. 1. de ttranslat. Espisc. Tit. 7 c.3. Corp. Jur. Canon. Ed. Paris, 1612.
Em Dignity and Duties of the Priests or Selva” (dignidade e Deveres dos Sacerdotes), de St. Alphonsus De leguorl, pág 27, diz: “Com respeito ao corpo místico de Cristo, ou seja, todo fiel, o sacerdote tem o poder da chave, ou o poder de libertar pecadores do inferno, ou fazer com que mereçam o paraíso, e de transformá-los de escravos de Satanás em filhos de Deus. E o próprio Deus é obrigado a submeter-se ao julgamento de seus sacerdotes”.
Lucius Ferraris, um franciscano que viveu no 18º século, professor de sua ordem e consultor do Santo Ofício, é o autor da “Prompta Bibliotheca”. A Enciclopédia “The Catholic Encyclopedia” afirma que a “Prompta Bibliotheca” é canónica, jurídica, moral, teológica, rubicista e histórica, uma confiável enciclopédia do conhecimento religioso. Estou citando isso porque essa coleção, a Prompta Bibliotheca, apresenta diversas afirmações sobre o Papa colocando-o na mesma posição de Deus:
O papa é de tão grande dignidade e tão exaltado, que não é um mero homem, mas é como se fosse Deus e o vicário de Deus. Prompta Bibliotheca, pág. 26 – 29.
O papa é coroado com a coroa tríplice de rei do Céu, da Terra e das regiões inferiores. De modo que, se fosse possível que os anjos errassem, ou que pudessem pensar de maneira contrária à fé, eles poderiam ser julgados e excomungados pelo papa. Prompta Bibliotheca, pág. 26 – 29.
O papa é como se fosse Deus na Terra, único soberano dos fiéis a Cristo, o maior rei dos reis, tendo plenitude de poder. Prompta Bibliotheca, pág. 26 – 29.
7 – “magoará os santos do Altíssimo” (Dan. 7:25). A Igreja Católica admite ter perseguido muitos cristãos que se opunham a ela no passado. Em The Western Watchman lemos: “A igreja tem perseguido. Apenas um principiante na História da Igreja negaria isso... Quando ela crê que é bom empregar a força irá usá-la”. Durante a Idade Média, mais de 150 milhões de pessoas morreram vitimas pelas mãos cruéis do papado romano. (Verdades Bíblicas, 193).
A “New Catholic Encyclopedia”, nos artigos sobre Inquisição, classifica esse período como sendo um dos capítulos mais tenebrosos da história da igreja.
8 – “e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo.” (Dan. 7:25).
O que significa tempo? Note o que diz Daniel 9:13u.p. “...ao cabo de tempos, isto é, de anos...” Portanto, tempos significa anos em profecia (tempos = anos ).
Os santos seriam entregues nas mãos do poder da igreja romana por 1 ano + 2 anos + ½ ano. Ou seja, três anos e meio.
A Bíblia na Linguagem de Hoje traz este texto com a seguinte tradução:
“O povo de Deus será dominado por ele durante três anos e meio.” (Daniel 7:25 u.p. - BLH)
Apocalipse 12:14,6 falando sobre esta perseguição da mulher (a igreja pura de Deus aqui na terra) diz:
“...e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo... A mulher porém fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias.”
Em questão de profecias temos que verificar o que é simbólico. E nestes versos temos um período de tempo de 1.260 dias proféticos (simbólicos).
O que são dias proféticos?
Observem o texto de Ezequiel:
“Quando tiveres cumprido estes dias, deitar-te-ás sobre o teu lado direito e levarás sobre ti a iniquidade da casa de Judá. Quarenta dias Te dei, cada dia por um ano.” (Ezequiel 4:6 e 7)
Nesta profecia referente a Israel, Deus usou um dia para representar um ano. E não há dúvida que o mesmo princípio deve ser aplicado nesta profecia de Daniel. Toda dúvida desaparece quando vemos o seu cumprimento matemático.
Portanto o período de supremacia do “chifre pequeno” ou do Papado se estenderia durante 1260 anos. Esse seria o período em que o papado dominaria.
A supremacia política do papado teve início em 538 d.C. quando entrou em vigor o decreto do imperador romano Justiniano declarando que o bispo de Roma deveria ser reconhecido como o “Cabeça da Santa Igreja”.
Se esta é data inicial para o período de supremacia de acordo com a profecia, veja no gráfico abaixo e você perceberá que este período deveria terminar em 1798 d.C.

O que aconteceu em 1798?
No dia 10 de Fevereiro de 1798, sob a alegação de insulto ao embaixador francês na Itália, Louis Alexandre Berthier (1753-1815), general das Forças Revolucionárias Francesas, e famoso chefe do estado maior de Napoleão, entrou em Roma e prendeu o Papa. O Papa Pio VI foi aprisionado no dia 20 de Fevereiro. O anel que indicava sua autoridade foi retirado de seu dedo; sua propriedade foi confiscada e vendida; o estado papal foi abolido e Roma foi declarada república. O Papa foi levado para a França, onde morreu cativo em Valença, em 29 de Agosto de 1799. Esse episódio pôs fim ao longo período de supremacia política do bispo de Roma.
A revista Isto É (edição 1837 de 22/12/2004), falando sobre esse episódio vivido pelo Papa Pio VI (1775-1799), assim o descreve: “Quando as tropas de Napoleão Bonaparte invadiram os Estados Pontifícios, em 1798, o papa foi preso em Siena e terminou seus dias na prisão.”
Só este episódio serviria para estarmos seguros ao indicarmos o poder papal como o chifre pequeno descrito na profecia de Daniel 7.
9 - “cuidará em mudar os tempos e a lei" (Daniel 7:25). Para verificar como de fato isso ocorreu, basta comparar os Dez Mandamentos da Lei de Deus em Êxodo 20:3-17 com os Dez mandamentos do Catecismo Católico Apostólico Romano:

E a Igreja Católica admite ter mudado a lei de Deus.
“O papa pode modificar a lei divina, uma vez que o seu poder não é o de homem, mas de Deus, e ele age em lugar de Deus sobre a Terra, com total poder de unir e de afastar seu rebanho.” Prompta Bibliotheca, art. Papa, II.
“A igreja de Deus achou por bem transferir a comemoração da observância do sábado para o domingo.” Catechism of the Council of Trent for Parish Priests, pág. 402 e 403.
Até aqui a profecia se cumpriu em todos os detalhes e posso dizer com toda convicção que esta é
MAIS UMA PROFECIA CUMPRIDA.

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