sexta-feira, 23 de março de 2012

ESTUDO DO APOCALIPSE 17-20: De Babilónia ao Fim do Mal.

Apocalipse 17
Neste capítulo fala de como a Igreja, a falsa Igreja, pois não somente ela é uma Igreja prostituta – v.1 – como também por esta razão, a besta faz coro com ela, fundem-se, pois são uma mesma identidade, exactamente como os reis da Terra – “tenham um mesmo intento, uma mesma ideia” – v.13,17. Fala também acerca da 6ª praga ou seja, do secamento do Eufrates – Apocalipse 16.12 – facto que é descrito como aqueles que “aborrecerão a prostituta e a porão desolada e nua, e comerão a sua carne e a queimarão a fogo” – v.16 – ou seja, deixarão de apoiar esta mulher prostituta. Também não deixa de ser significativa a mudança de caracterização desta mulher que, desta vez identifica-se com outra entidade, ou seja, de Igreja passa a representar “a grande cidade que reina sobre os reis da terra” – v.18
Apocalipse 18
Mas ainda existe mais uns detalhes para acrescentar a este cenário. Neste capítulo volta-se a falar da 6ª e fala-se da 7ª praga. Só que, desta vez, fala acerca da maneira como será a sua queda – a grande cidade de Babilónia. Não somente o sistema político e religioso, como também fala de comerciantes que também caem; os negociantes que colocaram o seu dinheiro para ser utilizado por esta coligação formada pela Igreja e o Estado – v.11,16.
Apocalipse 19
Finalmente, neste capítulo, à luz do conteúdo dos versículos 1 ao 10, onde estão, de novo, os filhos de Deus? No Céu, cantando, pois alcançaram a vitória. A prostituta foi condenada. Mas, como é possível que estes estejam no céu se a 2ª vinda começa a ser descrita só no v.11? Este v.11 diz-nos do profeta: - “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça”. Atrás do Senhor seguem os exércitos dos Céus que são os anjos montados em cavalos brancos que vêm à Terra para levar os filhos de Deus e derramar a ira de Deus sobre os ímpios. Depois que caiam as pragas, o que é que Cristo faz? Claro, leva consigo os Seus filhos para o Céu. Estes foram vitoriosos, visto Cristo ser o “Rei dos reis e Senhor dos senhores” – v.16. Uma vez mais, João fala do futuro inicialmente, para depois começar a descrever o – como - estes chegaram ao Céu.
Apocalipse 20
Depois de Cristo levar consigo para o céu os salvos, segue-se o Milénio. Neste capítulo é descrito o que se passa: - 1- um pouco antes de iniciar este período – Satanás será preso v.1,2. Esta prisão é meramente simbólica, visto que não existirá sobre a face da Terra qualquer ser humano, por esta razão, para Satanás e os seus anjos, é como se estivessem encarcerados, sem terem a quem tentar, visto que “os outros mortos não reviveram até que os mil anos se acabaram” – v.5a ; 2- durante o mesmo – neste período os que ressuscitaram para receber Jesus, assim como os que não passaram pela morte, no céu, “viveram e reinaram com Cristo durante mil anos” – 4b; 3- depois deste período – Desce a cidade de Jerusalém. Haverá a ressurreição geral dos injustos mortos; agora Satanás já tem companhia e terreno humano para trabalhar – isto é o mesmo que dizer: - “acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão” – v.7. Este arregimenta esta inumerável multidão; e quando se preparam contra Cristo e Jerusalém para este acto, acontece o juízo.
Agora, aos injustos são mostrados os livros que foram abertos durante este período milenar por Cristo e pelos Seus filhos. Aqui, neste momento, verão toda a sua vida, tal como um filme – “Logo que se abrem os livros de registo e o olhar de Jesus incide sobre os ímpios, eles tornam-se cônscios de todo o pecado cometido. Vêem exactamente onde os seus pés se desviaram do caminho da pureza e violação da lei de Deus”. Deus não terá ninguém por culpado até que haja um juízo. Deus poderia proferir um veredicto arbitrário. Bastava reconhecer que aqueles eram injustos e proferir a sentença e, pelo Seu poder, fazê-los desaparecer. Mas, até estes mesmos têm que reconhecer e declarar que a sentença é justa – cf. Lucas 23.41 – “Todos vêem que a sua exclusão do céu é justa. Por sua vida declararam: . Como que extasiados, os ímpios contemplam a coroação do Filho de Deus. (…), todos, unânimes, exclamam: e, prostrando-se, adoram o Príncipe da vida. (…). Satanás vê que a sua rebelião voluntária o inabilitou para o Céu. Adestrou as suas faculdades para guerrear contra Deus; a pureza, a paz e a harmonia do Céu ser-lhe-iam suprema tortura. As suas acusações contra a misericórdia e justiça de Deus silenciaram agora. (…). E agora Satanás curva-se e confessa a justiça da sua sentença. (…). À vista de todos os factos do grande conflito, o Universo inteiro, tanto os que são fiéis como os rebeldes, de comum acordo declara: ”.
Os ímpios ao verem os registos das suas vidas nos livros – Apocalipse 20.11-15 – dizem que, afinal, Satanás os enganou. Pensavam que estavam no lado certo e os que estavam dentro da cidade de Jerusalém é que estavam errados. Agora ali estavam eles, de fora, enquanto os de Cristo estavam lá dentro da cidade. Estes reconhecem, tarde demais que foram simplesmente enganados! A este propósito gostaríamos de corrigir o que vulgarmente é afirmado acerca da destruição final dos ímpios, pois diz-se que os ímpios são destruídos quando estão a atacar a santa cidade. Esta afirmação não corresponde totalmente à verdade. Para que nos apercebamos deste facto, bastará, para o efeito, ler o texto bíblico de Ezequiel –(v.6)- “Portanto assim diz o Senhor Jeová: Pois que estimas no teu coração, como se fora o coração de Deus. (7)- Eis que eu trarei sobre ti estranhos; e os mais formidáveis dentre as nações, os quais desembainharão as suas espadas contra a formosura da tua sabedoria, e mancharão o teu esplendor. (8)- À cova te farão descer, e morrerás da morte dos traspassados no meio dos mares. (…). (16)- Na multiplicação do teu comércio se encheu o teu interior de violência e pecaste; pelo que te lançarei profanado fora do monte de Deus, e te farei perecer, ó querubim protector, entre pedras afogueadas. (17)- Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura; corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus para que olhem para ti. (18)- Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo que te consumiu a ti, e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem. (19)- Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais serás para sempre” – Ezequiel 28.
Este longo texto fala de Satanás. A mensageira do Senhor diz, tendo como base este mesmo texto, que os ímpios se lançarão contra Satanás e os seus anjos para os aniquilar visto estarem persuadidos de que foram enganados pelo poder das trevas – “(…). Mas dentre todos os incontáveis milhões que Satanás seduziu à rebelião, ninguém agora lhe reconhece a supremacia. O seu poder chegou ao fim. Os ímpios estão cheios do mesmo ódio a Deus, o qual inspira Satanás; mas vêem que o seu caso é sem esperança, que não podem prevalecer contra Jeová. A sua ira acende-se contra Satanás e os que foram seus agentes no engano, e com furor de demónios voltam-se contra eles”. Finalmente, para Satanás, os seus anjos e os restantes ímpios “desceu fogo do céu e os devorou” – Apocalipse 20.9b – sendo o Mal banido para todo o sempre.

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